O dólar fechou em alta pelo quinto dia seguido nesta terça-feira (16), reagindo à intensa aversão ao risco nos mercados globais, após a forte alta dos juros da Rússia na noite passada se mostrar insuficiente para evitar o tombo do rublo e em meio à contínua queda dos preços do petróleo.
A moeda norte-americana fechou cotada a R$ 2,7355, em alta de 1,87%. Veja cotação. Mais cedo, o dólar chegou passar de R$ 2,76, segundo a agência Reuters.
O valor de fechamento desta terça é novamente o maior desde 2005 - máxima que a moeda vem atingindo nas últimas semanas. No dia 28 de março daquele ano, a divisa fechou a R$ 2,7385, de acordo com dados do Banco Central. O dólar vem pressionado pelo ambiente de incertezas internas e externas, com investidores preocupados principalmente com o futuro do programa de intervenções no câmbio do Banco Central brasileiro, e atentos à queda nos preços do petróleo.
Oferta diária do BC será mantida
Nesta terça-feira, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, anunciou que os leilões diários de contratos de "swaps cambiais" terão prosseguimento em 2015 - instrumentos que funcionam como venda de dólares no mercado futuro (derivativos) - o que também impede uma pressão maior no mercado à vista da moeda norte-americana.
Nesta terça-feira, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, anunciou que os leilões diários de contratos de "swaps cambiais" terão prosseguimento em 2015 - instrumentos que funcionam como venda de dólares no mercado futuro (derivativos) - o que também impede uma pressão maior no mercado à vista da moeda norte-americana.
"Nos próximos dias, vamos definir os parâmentros do programa de swaps cambiais para o começo de 2015. Nos próximos dias, teremos novidades. Os parâmetros podem ser ajustados. No mínimo 50 [milhões de dólares] por dia e no máximo 200 [milhões de dólares] por dia. Hoje, são US$ 200 milhões por dia", declarou Tombini após audiência pública no Congresso Nacional, em uma tentativa de acalmar o mercado.
Os contratos de "swaps cambiais" - instrumentos que funcionam como venda de dólares no mercado futuro (derivativos), o que também impede uma pressão maior no mercado à vista da moeda norte-americana - vêm sendo ofertados diariamente pelo BC desde agosto de 2013, momento no qual o dólar atingiu R$ 2,40.
Com o anúncio do Banco Central, o atual estoque de contratos de "swap cambial" em mercado, que equivale a cerca de US$ 100 bilhões, tende a continuar subindo, mas o aumento tende a ser menor. Isso porque a oferta atual de US$ 200 milhões (acima da rolagem) por dia tende a ser reduzida, uma vez que vai oscilar entre US$ 50 milhões e US$ 200 milhões diários.
Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de até 4 mil swaps cambiais pelas rações diárias, com volume correspondente a US$ 196,6 milhões. Foram vendidos 2 mil contratos para 1º de setembro e 2 mil para 1º de dezembro de 2015.
O BC também vendeu a oferta integral de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 2 de janeiro, equivalentes a US$ 9,827 bilhões. Ao todo, já rolou cerca de 6% do lote total. Após o fechamento da véspera, o BC anunciou ainda para esta sessão leilão de venda de até 1 bilhão de dólares com compromisso de recompra em 2 de junho de 2015.
Mesmo a informação de que o Banco Central continuará ofertando diariamente swaps cambiais no ano que vem não foi suficiente para conter o mau humor no mercado. "O cenário externo está bastante pressionado, com essa história da Rússia, e isso dá mais impulso para o dólar continuar a trajetória de alta aqui", disse à Reuters o operador de câmbio Marcos Trabbold, da corretora B&T.
A disparada do dólar diante do rublo nesta sessão impulsionou a moeda norte-americana, mesmo após o banco central da Rússia elevar sua taxa básica de juros a 17%, ante 10,5%. A decisão deu força à aversão global a risco, com os investidores buscando aplicações consideradas mais seguras, em meio à forte queda dos preços do petróleo.
Mesmo a informação de que o Banco Central continuará ofertando diariamente swaps cambiais no ano que vem não foi suficiente para conter o mau humor no mercado. "O cenário externo está bastante pressionado, com essa história da Rússia, e isso dá mais impulso para o dólar continuar a trajetória de alta aqui", disse à Reuters o operador de câmbio Marcos Trabbold, da corretora B&T.
A disparada do dólar diante do rublo nesta sessão impulsionou a moeda norte-americana, mesmo após o banco central da Rússia elevar sua taxa básica de juros a 17%, ante 10,5%. A decisão deu força à aversão global a risco, com os investidores buscando aplicações consideradas mais seguras, em meio à forte queda dos preços do petróleo.
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