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A presidente Dilma Rousseff, que embarcou nesta quinta-feira (25) para um breve recesso na Base Naval de Aratu, na Bahia, ainda enfrenta dificuldades para acertar com os partidos aliados a composição da equipe ministerial do segundo mandato. Dilma ainda não encontrou solução para demandas apresentadas pelo PR e pelo PDT, além das insatisfações do seu próprio partido, o PT. O PR quer ampliar seu poder na área de transportes. Além de indicar o vereador paulistano Antônio Carlos Rodrigues como novo ministro, o partido quer liberdade para nomear as pessoas que irão administrar empresas e órgãos ligados ao ministério. Entre eles, estão o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), responsável por obras em rodovias federais, e a Valec, estatal responsável pela construção da Ferrovia Norte-Sul. O PR sugeriu a Dilma o nome de Rodrigues, que deve ser confirmado. Mas a presidente indicou que preferia manter o atual ministro, Paulo Sérgio Passos, no comando. Embora seja filiado ao PR, ele é considerado no partido um burocrata leal a Dilma e sem compromisso partidário. A presidente também enfrenta dificuldades para acomodar o PDT, que deseja continuar no Ministério do Trabalho. Ela sugeriu a Previdência Social como opção para o aliado, mas a sigla não recebeu a oferta com entusiasmo. Se atender ao PDT, Dilma irá desagradar setores do PT ligados ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu antecessor e padrinho político, que desejam emplacar no comando da pasta um sindicalista ligado à CUT (Central Única dos Trabalhadores). Dilma já definiu que que dará o Ministério da Integração Nacional para o PP como compensação pela perda da pasta de Cidades, mas não chegou a acordo com a cúpula do partido sobre o nome do futuro ministro. O PP quer o atual ministro das Cidades, Gilberto Occhi. A presidente prefere o ex-ministro e deputado Aguinaldo Ribeiro (PB). Assessores dizem que Dilma pode autorizar nesta sexta (26) a divulgação de novos nomes que irão compor sua equipe, confirmando indicações de petistas. Já está definido que o PT perderá a Educação para o governador do Ceará, Cid Gomes (Pros). Com espaço reduzido no novo ministério, o PT também deve ver rejeitada a estratégia de turbinar o Ministério das Comunicações com a administração das verbas publicitárias do governo, recursos que hoje estão sob responsabilidade da Secretaria de Comunicação da Presidência da República. | ||||
Escrito por Magno Martins, às 05h37 | ||||
sexta-feira, 26 de dezembro de 2014
Briga por cargos e complica montagem do ministério
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