Meteorologistas da Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa) apresentaram, nesta quinta-feira (18), a previsão climática para os meses de janeiro, fevereiro e março de 2015. A síntese do relatório mostra que não há previsão de um período “extremamente chuvoso” ou “extremamente seco” no primeiro trimestre de 2015.
Ainda de acordo com o documento, as perspectivas climáticas para as regiões do Alto Sertão, Sertão, Cariri e Curimataú indicam que as chuvas serão irregulares, tanto espacial quanto temporalmente. Mas, a tendência é que a pluviosidade fique em torno da média histórica. “Não podemos fazer nenhum prognóstico definitivo nesse momento. Dependemos de vários fatores meteorológicos que, certamente, vão interferir nas chuvas para esse período”, salientou Marle Bandeira, meteorologista da Aesa.
O presidente da Aesa, João Vicente Machado, afirmou que o órgão tem feito um bom trabalho de gestão dos recursos hídricos e que, por isso, o Estado está preparado, mesmo se as chuvas ficarem abaixo da média. “Podemos afirmar que a Paraíba está preparada para enfrentar chuvas abaixo da média – o que esperamos que não aconteça. Estamos preparados para enfrentar esses fenômenos naturais, mesmo que adversos”, garantiu.
Para o presidente da Cagepa, Deusdete Queiroga, a reunião de hoje foi fundamental para que o estado possa atuar na prevenção de possíveis fenômenos climáticos adversos. “Mesmo com a imprecisão – por conta dos fatores meteorológicos que mudam constantemente – é necessário que estejamos a par do que pode acontecer e, assim, poderemos atuar em conjunto com a Secretaria de Recursos Hídricos e da própria Aesa, que tem feito um excelente trabalho no sentido de preservar os recursos hídricos que temos, como a desobstrução de canais, recuperação de leitos”, salientou.
“O governo do estado tem investido maciçamente em obras de saneamento, construção de adutoras para que possamos ampliar a distribuição de água para a população paraibana. Por isso, não tenho dúvidas de que estamos na vanguarda de ações que visem atenuar ou até mesmo evitar que a população venha sofrer com a falta d’água, sobretudo na zona rural”, completou o presidente da Cagepa.
Prognóstico – A previsão climática para o primeiro trimestre de 2015, divulgada nesta quinta-feira, foi o resultado da reunião técnica realizada nas dependências da Universidade Federal de Campina Grande na terça-feira (16). Na ocasião, além da Aesa, participaram meteorologistas da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) e da Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas da UFCG. A Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme) enviou dados para subsidiar as análises.
Em pauta, as mais recentes condições oceânico-atmosféricas globais com influência nos índices pluviométricos da Paraíba. Os cenários previstos por vários modelos meteorológicos de previsão climática também foram avaliados.
Com a irregularidade apontada para as chuvas do Alto Sertão, Sertão, Cariri e Curimataú, algumas localidades poderão receber uma previsão de chuva maior que outras. Marle Bandeira explica que a distribuição de chuvas dependerá dos sistemas meteorológicos , como os vórtices ciclônicos em ar superior. “Não dá para prevermos ainda de que modo esses sistemas vão se comportar. Porém, o que podemos afirmar é que, quando bem posicionados e desenvolvidos, provocam chuvas intensas em várias áreas”.
Setor leste – De acordo com a Aesa, as regiões do Litoral, Agreste e Brejo têm o quadrimestre mais chuvoso nos meses de abril a julho. Por isso, a previsão para essas regiões devem ser divulgadas em março do próximo ano.
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