A Central Estadual de Transplante da Paraíba, da Secretaria de Estado da Saúde (SES), montou um estande na Multifeira Brasil Mostra Brasil, que está sendo realizada no Centro de Convenções Ronaldo Cunha Lima, em João pessoa. O objetivo é realizar um trabalho de divulgação sobre a doação de órgãos, mostrar o trabalho feito por sua equipe profissional e sensibilizar a população da necessidade das doações.
A assistente social Janete Cavalcanti que trabalha na Central desde a fundação, há 13 anos, é uma das profissionais responsáveis pela distribuição do material educativo e informativo que mostra a importância da doação de órgãos e tecidos.
No cotidiano da Central ela tem como missão conversar com a família do potencial doador em busca do consentimento para a doação, que pode salvar vidas: “O mais emocionante é quando acontece o encontro das famílias do doador e do receptor”, afirma.
A psicóloga Ângela Sátiro, que também faz parte da equipe, lembra da história de uma família que doou as córneas de um jovem que ele fazia faculdade. A moça que recebeu os órgãos pode voltar a estudar graças ao ato da doação. “A mãe do doador disse que foi uma grata surpresa saber que com a doação havia ajudado a uma jovem a continuar fazendo o que o filho dela mais gostava que era estudar”, contou.
O cabeleireiro Eudes Trindade visitou o estande da Central de Transplante e confessou que não conhecia o trabalho: “É muito importante esse tipo de divulgação que mostra uma ação de extrema importância, pois a falta de informação nos causa receio”, falou.
Constatação de morte – De acordo com a coordenadora da Central de Transplante da Paraíba, Gyanna Lys Montenegro, o trabalho na feira é mais uma oportunidade para sensibilizar a população a ajudar a salvar vidas. Ela disse que as pessoas ainda desconhecem o diagnóstico da morte encefálica. “Muita gente só acredita que a morte acontece quando o coração para e na realidade o diagnóstico da morte é uma constatação e não uma crença. E esta constatação é feita através do diagnóstico de morte encefálica, ou diante de parada cardiorrespiratória”, explicou a nefrologista.
Para a doação de órgãos é preciso que haja a morte encefálica. O procedimento é seguro e segue protocolo determinado pelo Conselho Federal de Medicina. Após o diagnóstico, é oferecida à família a oportunidade da doação. É o grupo que decide se quer doar.
Pode ser doadora qualquer pessoa com idade entre 2 e 80 anos e que não apresente doença comprometedora do órgão ou tecido doado. Recebem os órgãos pacientes que necessitam de um transplante e estão inscritos na lista de espera. Após a retirada dos órgãos, o corpo é recomposto cuidadosamente e entregue à família.
Números – A Central de Transplante da Paraíba realizou em 2012, 50 transplantes de rins, 99 de córneas e um de fígado. Este ano, até o mês de junho, foram realizados 86 transplantes de córnea e 28 de rins. Qualquer dúvida sobre a doação de órgãos e tecidos pode ser esclarecida pelo telefone da Central de Transplante: (083) 3244-6192.
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