Parece que foi ontem, mas, na verdade, já se foram 365 dias sem Ronaldo Cunha Lima. O poeta se foi, e com ele levou o carisma e a inteligência de um grande líder, deixando apenas a saudade e o seu exemplo de homem público.
Ronaldo não era um homem sem defeitos, muito pelo contrário, os tinha e não escondia. Exemplo maior disso foi o desatino de atirar em Burity, fato que, certamente, começou a matar Ronaldo por dentro, e aos poucos. O poeta era de coração grande, humano, emotivo.
Sem negar os erros, falemos, pois, das virtudes de Ronaldo, aquele menino que nasceu na Rua do Sol, em Guarabira, e criou-se em Campina Grande, cidade que o faria – depois de vê-lo ser garçom e jornaleiro – vereador, deputado estadual, prefeito, governador, senador e deputado federal.
Ronaldo construiu a sua história, encantando as massas, resistindo à ditadura, perseverando nas ideias e vencendo. Venceu todas as eleições que disputou!
A perda de Ronaldo é doída, mas isso é ainda pior por se saber que outro Ronaldo não existe, nem surgirá. Um político que, de tão completo, suscitava ódio e paixão entre os que ouviam falar dele, mas sempre admiração de todos quantos tivessem oportunidade de com ele trocar dois dedos de prosa.
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