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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Escola em São Luís começa ano letivo de 2014 em 2015

Com atraso de um ano, 770 alunos da UEB (Unidade de Educação Básica) Professor Luís Rego, localizada no bairro Vila Embratel, em São Luís (MA), iniciaram o ano letivo de 2014 neste mês de fevereiro.
De acordo com o Sindeducação (Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Municipal de São Luís), em 2013 a escola passou sete meses fechada para reforma e somente agora em fevereiro as aulas relativas a 2014 começaram a ser ministradas.
Esta não é a única escola da rede municipal em que os alunos enfrentam problemas no calendário escolar. Outras três não concluíram o ano letivo de 2014 por conta de reformas nos prédios. A UEB Ribamar Borgéa, no bairro Cidade Olímpica, com 2.278 alunos matriculados, e a UEB Roseno de Jesus Mendes (1.208 alunos), no bairro Vila Janaina, estão com as aulas paradas desde o ano passado porque estão em obras.
Já a UEB Hortência Pinho (1.014 alunos), no bairro Coqueiro, está com as aulas suspensas devido a uma infestação de pombos e também não completou o ano letivo de 2014.
Para o Sindeducação, falta transparência na execução das obras das escolas e detalhamento da planilha de custos das reformas. "O prazo das manutenções já se esgotou e os alunos continuam sem aulas. Além disso, os reparos que identificamos nas escolas são superficiais e ineficientes, a Semed [Secretaria Municipal de Educação] está apenas ganhando tempo e a educação continua no mesmo caos de quando iniciamos a greve em 2014", afirmou a presidente do Sindeducação, Elisabeth Castelo Branco.
A Promotoria de Educação do Estado se reuniu, no último dia 12, com o Sindeducação e representantes da Semed e cobrou rapidez nas obras. Segundo o Ministério Público, em 2013 foi assinado um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com a Semed para que fossem reformadas 54 escolas, dando atenção a 29 unidades que estavam em estado crítico, porém até agora nada foi feito.
O MP deverá se reunir com a Semed e o Sindeducação novamente no próximo dia 6 março.

Outro lado

A Semed culpou a greve dos professores que ocorreu de maio a setembro de 2014 para justificar o atraso da conclusão do ano letivo nas quatro escolas citadas no texto.
Questionada sobre o porquê de não ter transferido as escolas para outros prédios, a secretaria disse que "quando há necessidade de supressão de aulas em função de reparos emergenciais nas escolas, providencia o remanejamento das turmas para outras unidades de ensino ou para imóveis alugados".
A Semed disse ainda que quando não é possível o remanejamento da escola para um outro prédio ocorrem reposições de aulas.  
Aliny Gama
Do UOL, em Maceió 

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