José Victor Menezes Teles está confiante que pode entrar no curso de medicina (Foto: Marina Fontenele/G1)
O estudante de Itabaiana José Victor Menezes Teles, de apenas 14 anos, conseguiu na Justiça o direito de ocupar a vaga consquistada em medicina na Universidade Federal de Sergipe (UFS) pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu).
Ele ainda está no primeiro ano do ensino médio e não poderia cursar a faculdade – o Enem só dá certificação a alunos com mais de 18 anos. Porém, o juiz autorizou José Victor a fazer uma prova de proficiência aplicada pela Secretaria de Estado da Educação (Seed) nesta quarta-feira (28).
O estudante passou no teste, recebeu o certificado de conclusão do ensino médio e vai poder se matricular na UFS. “Estou muito feliz e me sinto preparado para o desafio”, comemorou José Victor. As matrículas dos aprovados no Sisu ocorrem nesta sexta (30), segunda (1º) e terça (2).
O estudante cursava o primeiro ano do ensino médio na Escola Estadual Murilo Braga. Ele teve média final de 750,98 pontos no Enem e fez 960 pontos na prova de redação. Com o resultado, José Victor conquistou uma das 100 vagas para o curso de medicina da UFS e no grupo inscrito, que é o das escolas públicas, ficou em 7º lugar.
José Victor vai cursar medicina
(Foto: Reprodução/TV Sergipe)
(Foto: Reprodução/TV Sergipe)
O direito de fazer a prova foi concedido em caráter de liminar pelo juiz titular da 1ª Vara Cível da Comarca de Itabaiana, Alberto Romeu Gouveia Leite.
"Ontem [quarta] ficamos sabendo através do nosso advogado que a liminar foi concedida em favor do José Victor e seguimos com o documento para a Secretaria de Estado da Educação, onde ele fez em seguida uma prova de proeficiência com 120 questões de todas as disciplinas e uma redação. Ele foi aprovado e recebeu certificado do ensino médio que o habilita a fazer matrícula na UFS”, conta o pai, José Mendonça Teles.
A assessoria de imprensa da Seed confirmou que o estudante fez a prova e foi aprovado.
Enem
José Victor fez o Enem no fim do ano passado e decidiu entrar na Justiça para ter o direito de usar o resultado para ingressar na universidade. O jovem que teve um desempenho considerado exemplar para um aluno que só estidou o primeiro ano do endino médio.
Enem
José Victor fez o Enem no fim do ano passado e decidiu entrar na Justiça para ter o direito de usar o resultado para ingressar na universidade. O jovem que teve um desempenho considerado exemplar para um aluno que só estidou o primeiro ano do endino médio.
“Minha pontuação foi suficiente para entrar para o curso de medicina no segundo lugar no Grupo E, de escolas públicas e com renda livre, sem distinção de classe social”, afirma o adolescente.
O garoto sempre quis ser médico e sabia que para isso teria que se esforçar. Ele estudou assuntos que ainda não viu na escola para fazer o exame que tem conteúdos de todo o Ensino Médio. “Passei o ano passado estudando para o Enem, além do conteúdo dado em sala de aula. Era uma média de três horas por dia só resolvendo questões de provas anteriores, sem dúvida a técnica para estudar e armazenar o conhecimento foram decisivas para o meu desempenho. É preciso saber organizar o tempo e também se preparar para saber como será a prova no dia”, destaca.
A disciplina e o interesse pelo conhecimento surgiu em casa com o incentivo dos pais que são professores da rede estadual de português e inglês. “Eles me deram dicas de como me organizar e procurei vídeo-aulas na internet, livros complementares e fui a algumas aulas do curso pré-vestibular da Secretaria de Estado da Educação (Seed) por fora, mesmo sem estar matriculado, como aluno assistente”, revela. O esforço também teve recompensa em 2014, quando José Victor foi medalhista na Olimpíada Brasileira de Matemática de Escolas Públicas (Obemep).
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