
De acordo com a superintendente da Sudema, Laura Farias, a reabertura do Monumento Natural Vale dos Dinossauros é apenas o primeiro passo no processo de revitalização da Unidade de Conservação. “Além das obras que foram realizadas para trazer mais conforto aos visitantes, renovamos a exposição que conta a história do Monumento”, afirmou, adiantando que agora será iniciado o trabalho junto aos moradores da região, oferecendo cursos de capacitação para que eles possam melhorar a renda familiar e se transformem em parceiros.

Segunda etapa – Após a reabertura do Vale dos Dinossauros, os moradores de Sousa e municípios vizinhos terão a oportunidade de participar de cursos de capacitação em áreas que possam ser utilizadas para melhorar a renda familiar em consonância com o trabalho desenvolvido na Unidade de Conservação. Os cursos oferecidos darão a oportunidade aos moradores da região de atender a demanda trazida com o incremento no turismo gerado pelo Vale.
Pesquisa Científica – Pesquisadores que desejarem estudar um dos principais sítios paleontológicos do mundo também terão um local reestruturado para apoio. A Casa do Pesquisador, que era uma residência do morador da propriedade rural antes de ser transformado em Unidade de Conservação, foi completamente reformada para servir de apoio aos pesquisadores. Com esta base de apoio, espera-se que seja ampliado o conhecimento sobre as pegadas na região, possibilitando o encontro de novos vestígios, e favorecendo outros tipos de pesquisas científicas como os estudos da biodiversidade e nas áreas socioambientais.

Essa natureza semiárida do local foi responsável pela preservação das pegadas encontradas no Vale. Nos períodos chuvosos, eram ambientes lamacentos onde o animal pisava e, em seguida, recebiam um ressecamento natural. Estes espaços ressecados, ainda impregnados com a formação deixada pelo peso do animal passavam a receber novas camadas superficiais de material mineral que, ao longo de 165 milhões de anos, pressionou e aqueceu a estrutura, realizando o processo de pedogênese, formação de rocha a partir daquela lama ressecada.
Monumento Natural – O Monumento Natural Vale dos Dinossauros surgiu da desapropriação do Sítio Paleontológico Passagem de Pedras, realizada no ano de 1992, e foi transformada em Unidade de Conservação de Proteção Integral (UCPI) pelo Governo do Estado em 2002. Por se tratar de uma UCPI, o local tem o acesso de visitantes controlado, além de ser proibida a exploração da mata nativa e instalação de moradias.

Conselho Gestor – Principal ferramenta de gestão de uma Unidade de Conservação, o Conselho Gestor do Monumento Natural Vale dos Dinossauros será reativado no decorrer da semana para que o Vale seja entregue à população completamente funcional. O Conselho é responsável por todas as ações administrativas da Unidade e deve, até a data de reabertura, formalizar os dias e horários de funcionamento do Museu e de recepção dos visitantes no Monumento.
Conservação – Além dos icnofósseis estudados na região, a Unidade de Conservação também conserva uma área do bioma Caatinga. O bioma do Sertão nordestino, único exclusivamente brasileiro, é caracterizado pelo clima semiárido e pela baixa umidade do ar associada às altas temperaturas. Rica em biodiversidade, a Caatinga abriga 1/3 das espécies endêmicas brasileiras em sua vegetação formada por arbustos, árvores retorcidas e cheias de espinhos.
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