O cinematográfico assalto simultâneo às agências do Banco do Brasil e banco Bradesco de Princesa Isabel, na manhã desta terça-feira (28), foi uma operação digna de produção policial norte-americana.
O jeito de agir, o tal modus operandi, revela o ‘profissionalismo’ da quadrilha, que praticamente engessou a cidade, cortou comunicações, deixou a população refém e igualmente aterrorizada e, felizmente, sem nenhuma morte.
Apesar do tiroteio ininterrupto, registrado nas ruas centrais, atingindo residências, casas comerciais, carros e outras cosias mais, não houve confronto direto com as forças policiais, tendo em vista a existência de reféns e, segundo relatos, não se registrou, por parte da quadrilha, violência física contra pessoas.
“Queremos apenas o dinheiro do governo. Fiquem quietos, calmos, ninguém vai sofrer nada e não vamos levar nada de vocês”, repetiam.
Na avaliação de autoridades policiais, o bando tem articulação direta com facções criminosas que migraram do Rio de Janeiro e São Paulo para o Nordeste, onde agem principalmente nas cidades interioranas, em razão das facilidades óbvias.
Outro aspecto é o alto grau de informação sobre a geografia urbana e rural das cidades escolhidas para os assaltos, bem como quanto à infraestrutura de comunicação e o poder de fogo (?) da PM local.
Ontem (27), não por coincidência, dois carros-fortes abasteceram as duas agências assaltadas, justamente às vésperas do pagamento do Estado, de prefeituras, além da Previdência e programas sociais.
O grupo levou, só do Banco do Brasil, dois malotes dos grandes, cheios de dinheiro, que resultou da retirada de valores do cofre-forte, dos caixas propriamente ditos e dos terminais eletrônicos. Até as moedas foram levadas, segundo testemunhas.
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