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sexta-feira, 24 de maio de 2013

Twitter: metade dos usuários no Brasil já acessa rede pelo smartphone


Guilherme Ribenboim, diretor geral do Twitter no Brasil: “na rede, que é aberta, o controle da privacidade acaba de certa maneira sendo feito pelos próprios usuários”. Foto: Divulgação
Guilherme Ribenboim, diretor geral do Twitter no Brasil: “na rede, que é aberta, o controle da privacidade acaba de certa maneira sendo feito pelos próprios usuários”. Foto: Divulgação
RIO - O Twiter está prospectando a todo vapor no Brasil. Em quatro meses do início de sua operação oficial no país, a rede de microblogs já trouxe ao país três altos executivos (o fundador Jack Dorsey, a vice-presidente de mídia Chloe Sladden e o presidente de Receita Global Adam Bain), e as negociações com empresas de mídia e agências estão aceleradas. De acordo com o diretor geral do Twitter no Brasil, Guilherme Ribenboim, um dos pilares da estratégia é usar as hashtags em mídias tradicionais como a TV para gerar cada vez mais “buzz” no Twitter.
— Só esta semana já tivemos quatro anunciantes usando o recurso em seus anúncios de TV. De fevereiro para cá, foram cerca de dez campanhas — conta Ribenboim ao GLOBO. — E há iniciativas muito interessantes de engajamento dos usuários, como o SkyRec (recurso que permite usar uma hashtag da Sky para começar a gravar programas remotamente em sua casa) e uma ação da Heineken, que na final da Liga dos Campeões neste sábado (25) usará no Twitter @HeinekenBr vídeos feitos com o app Vine mostrando dedos vestidos como os jogadores do Bayern de Munique e do Borussia Dortmund fazendo replays das jogadas.
Segundo Ribenboim, 50% dos acessos do Twitter no país já vêm de smartphones, cujo número cresce a cada ano. Em 2012, o número de aparelhos dobrou, atingindo 16,01 milhões, segundo a consultoria IDC, e este ano estima-se que passem de 29 milhões.
— Não abrimos números por país, mas a América Latina é uma das regiões em que o Twitter mais crescem no mundo. Nela estão 16% dos twitteiros do planeta — diz. — São mais de 64 milhões de usuários navegando nele, visitando suas páginas, todo mês, e mais de 32 milhões se logando na rede mensalmente. Sendo o Brasil o maior país da região, certamente ele tem um peso considerável nesses dados.
A combinação com outras mídias gera mais movimento dos internautas dentro do Twitter e também se reflete em receita para as marcas, diz o executivo.
— Este ano, na final de futebol americano nos EUA (Super Bowl), 50% dos patrocinadores usaram hashtags, um aumento de 150% na comparação com a final do ano anterior — explica Ribenboim. — E a estatística que temos diz que o uso de hashtags num anúncio aumenta 1,6 vezes o engajamento dos twitteiros.
Avaliado em cerca de US$ 10 bilhões, embora esteja longe de pensar em fazer uma oferta pública de ações, o Twitter se monetiza também através de três ações principais: tweets promovidos, contas promovidas e trends promovidos. Segundo Ribenboim, um tweet promovido pode aparecer num feed de usuário quando ele cita alguma marca ou produto.
— Esse tipo de tweet está previsto em nossos termos de uso, mas o usuário pode tranquilamente optar por não ver mais o anúncio — afirma Ribenboim.
Por falar em privacidade, sempre um tema delicado em mídias sociais, o executivo diz que justamente por ser uma plataforma aberta, em que todos veem o que se escreve, inclusive em mensagens (a exceção são as DMs — direct messages), os próprios twitteiros se tornam ciosos de seus limites.
— O controle da privacidade acaba, de certo modo, sendo feito pelos próprios usuários — diz Ribenboim. — Mas nossas políticas procuram ser o mais transparentes possível. E não pedimos dados para o usuário além de seu e-mail para a abertura da conta. Analisamos, sim, seu conteúdo nos posts para fins de publicidade, como descrito nos termos de uso.
Em relação à competição com o Facebook, ele afirma que o Twitter se diferencia das redes sociais por ser mais uma plataforma de informação e expansão de conversas, movida pelos assuntos do momento.
— No Brasil, ainda estamos terminando de montar nossa equipe e nos planos vindouros manteremos como foco estabelecer relacionamentos com o mercado de mídia.
O que falta chegar ao país é o Twitter Music, serviço de streaming lançado há pouco mais de um mês e que, segundo sites, não tem feito muito sucesso, ficando na 127ª posição no ranking de aplicativos de música no iOS, segundo o website Top App Charts. De acordo com Ribenboim, o site tem os direitos de streaming para países de língua inglesa, e ainda não se tem notícia de que ele sairá por aqui. Só nos resta aguardar.

Globo.com

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