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sábado, 13 de junho de 2009

Zabé da Loca disputa Prêmio da Música Brasileira no Rio de Janeiro


A assentada paraibana Isabel Marques da Silva, mais conhecida como Zabé da Loca, será uma das representantes da Paraíba na edição 2009 do Prêmio da Música Brasileira ao lado de nomes consagrados no cenário musical nacional, como Zé Ramalho, Chico César e Renata Arruda. O prêmio, que nesta vigésima edição homenageia Clara Nunes, será entregue no dia 1º de julho na casa de shows Canecão, no Rio de Janeiro. Com 85 anos, Zabé da Loca concorre na categoria revelação do ano com A Trombonada e Warley Henrique.
Natural do município pernambucano de Buíque, a tocadora de pífanos Zabé da Loca conheceu a musicalidade ainda muito cedo, aos sete anos de idade, mas teve seu talento reconhecido apenas em 2002, com o lançamento de seu CD na Série Cantos do Semi-Árido, realizada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Viveu durante 25 anos numa loca (gruta de pedra), onde criou os filhos. Hoje, Zabé da Loca vive no assentamento Santa Catarina, no município de Monteiro, no Cariri paraibano, distante 322 quilômetros de João Pessoa.
Em 2003, Zabé da Loca foi descoberta pelo Projeto Dom Hélder Câmara, que vem mapeando a musicalidade da caatinga para o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), tranformando-se , aos 79 anos, na maior atração do Festival de Brincantes, realizado em Recife.
O reconhecimento de seu talento lhe rendeu o CD “Zabé da Loca”, patrocinado pelo MDA. O disco conta com a assessoria do Quinteto Violado e do Projeto Dom Hélder Câmara e foi gravado no assentamento, com o acompanhamento de amigos tocadores. No CD, o grupo executa “Asa Branca” de Luiz Gonzaga e composições próprias como “Balão”, “Araçá cadê mamãe” e “Fulô de Mamoeiro”.
Zabé e seu grupo se apresentou em Brasília, em janeiro de 2004, diante do então Ministro da Cultura, Gilberto Gil. Nesse ano, também recebeu convite do músico Carlos Malta para acompanhá-lo em duas apresentações no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.
Em junho do mesmo ano, sua apresentação com Hermeto Paschoal, no Forum Mundial de Cultura, ocorrido em São Paulo, mereceu atenção especial de participantes estrangeiros. No mesmo período apresentou-se, a convite no Espaço Cultural Sérgio Porto, no Rio de Janeiro.
Em 2008, gravou o CD “Bom todo”, pelo selo Crioula Records, produzido por Carlos Malta. O trabalho exibe faixas em que Zabé comprova sua consistência como instrumentista, através do virtuosismo com que executa seu “pífe” (pífano) em peças como “Balaio de onça”, de Carlos Malta; o xote “Sala de reboco”, de Luiz Gonzaga; a ciranda “Sai de casa”, o coco “Limoeiro” e o baião “Caboré”, de sua autoria, além de “Queima” e “Vai minininho”, parceria com Beiçola, músico de mãos tortas, falecido em 2006, e com quem Zabé interpreta os clarins marciais do Hino Nacional Brasileiro. Ainda em 2008 apresentou-se em show no Planetário da Gávea (RJ), dentro da série “Música nas estrelas”, tocando juntamente com seu produtor, Carlos Malta.
A primeira edição do Prêmio da Música Brasileira foi em 1987, com o patrocínio da Sharp. Em 2003 passou a ser Prêmio Tim, mas em 2009, sem o patrocínio da empresa de telefonia, a premiação voltou a se chamar Prêmio da Música Brasileira. De um total de 809 CDs e 137 DVDs inscritos, foram selecionados 103 indicados em 16 categorias.
WSCOM Online.

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