Especialistas avaliam situação dos novos municípios, a exemplo de coxixola, Parari e Gado Bravo
De 1997 para cá, a Paraíba ganhou 52 municípios, contando atualmente com 223 cidades que juntas têm 3,6 milhões de moradores. A situação da população e da economia dos novos municípios melhorou, segundo especialistas, mas os territórios ainda são os que concentram as maiores taxas de pobreza do Estado e os menores índices de Produto Interno Bruto (PIB).
Além disso, a estimativa é que em 95% deles, mais da metade da receita seja proveniente do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), dinheiro repassado pelo Governo Federal que tem o número de habitantes como critério para distribuição das verbas. Ou seja, sem esse dinheiro, os municípios não sobreviveriam.
Juntas, as 52 cidades paraibanas criadas em 1997 produzem o correspondente a 4,05% do PIB do Estado. Na maior parte delas, a população sobrevive das atividades comerciais, dos empregos públicos e da agricultura ou pecuária de subsistência, conforme informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Outra característica comum às novas cidades é o pouco número de moradores. Das 52, 42 delas (80,8%) têm até 6 mil moradores, a exemplo de Coxixola, uma das menores. As outras 10 (19,2%), não ultrapassam a margem dos 8,7 mil moradores, segundo dados da contagem populacional realizada pelo IBGE no ano de 2007.
“Um outro problema é que muitas dessas cidades não têm serviços essenciais e continuam por ficar dependentes dos seus antigos municípios sedes. Algumas não possuem escolas de ensino médio, Correios e sequer tratamento de água”, comentou professor do departamento de Estatística da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e PhD em Demografia, Neir Antunes.
O levantamento do IBGE revelou também que alguns desses municípios perderam população, ao invés de registrarem um crescimento, como era esperado. É o caso de Parari, menor município do Estado, situado na região do Cariri. Em 2000, o Censo apontou que o local possuía 1.437 habitantes e, em 2007, 1.245. Isso equivale a uma perda de 13,36% no número de moradores.
Situação mais complicada ainda é o caso de Gado Bravo que desde 1991, antes mesmo de se separar de Aroeiras e vir a se tornar um município em 1997, vem apresentando nas últimas três décadas uma redução no número de moradores existente no lugar. De acordo com os dados do IBGE, em 1991 Gado Bravo possuía 8.735 habitantes. Em 2000, o número baixou para 8.521 e em 2007, para 8.236. No período a queda foi de 5,71%.
O demógrafo Neir Antunes disse que é complicado arriscar uma hipótese para essa perda. Para ele, a saída da população pode ter acontecido devido as condições econômicas do lugar, que pode está forçando a população a migrar para municípios próximos. “Também não acredito que essa redução tenha sido por conta da mortalidade dos seus moradores. A tendência, tanto na Paraíba, como no Brasil, é o envelhecimento da população. A expectativa de vida está aumentando”, afirmou.
Nos dois últimos levantamentos realizados pelo IBGE (2000 e 2007), 56 cidades paraibanas (25%) tiveram um decréscimo na sua população. Delas, sete estão entre os 52 novos municípios. “O número é considerado alto. Não era para haver uma redução na população das cidades. É preciso verificar o que está acontecendo”, comentou o pesquisador.
No entanto, a situação não é a mesma para todos. Está entre os 52 novos municípios aquele que registrou o maior aumento no número de moradores de todo o Estado, entre os anos de 2000 a 2007. É Damião, situado no Curimataú oriental, que antes pertencia ao município de Barra de Santa Rosa. Lá, em 1991 viviam 3.429 moradores. Em 2000, 3.645 e em 2007, 4.807.De 2000 para 2007, houve um acréscimo de 32% na quantidade de habitantes.
Vitrine do Cariri CP.
De 1997 para cá, a Paraíba ganhou 52 municípios, contando atualmente com 223 cidades que juntas têm 3,6 milhões de moradores. A situação da população e da economia dos novos municípios melhorou, segundo especialistas, mas os territórios ainda são os que concentram as maiores taxas de pobreza do Estado e os menores índices de Produto Interno Bruto (PIB).
Além disso, a estimativa é que em 95% deles, mais da metade da receita seja proveniente do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), dinheiro repassado pelo Governo Federal que tem o número de habitantes como critério para distribuição das verbas. Ou seja, sem esse dinheiro, os municípios não sobreviveriam.
Juntas, as 52 cidades paraibanas criadas em 1997 produzem o correspondente a 4,05% do PIB do Estado. Na maior parte delas, a população sobrevive das atividades comerciais, dos empregos públicos e da agricultura ou pecuária de subsistência, conforme informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Outra característica comum às novas cidades é o pouco número de moradores. Das 52, 42 delas (80,8%) têm até 6 mil moradores, a exemplo de Coxixola, uma das menores. As outras 10 (19,2%), não ultrapassam a margem dos 8,7 mil moradores, segundo dados da contagem populacional realizada pelo IBGE no ano de 2007.
“Um outro problema é que muitas dessas cidades não têm serviços essenciais e continuam por ficar dependentes dos seus antigos municípios sedes. Algumas não possuem escolas de ensino médio, Correios e sequer tratamento de água”, comentou professor do departamento de Estatística da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e PhD em Demografia, Neir Antunes.
O levantamento do IBGE revelou também que alguns desses municípios perderam população, ao invés de registrarem um crescimento, como era esperado. É o caso de Parari, menor município do Estado, situado na região do Cariri. Em 2000, o Censo apontou que o local possuía 1.437 habitantes e, em 2007, 1.245. Isso equivale a uma perda de 13,36% no número de moradores.
Situação mais complicada ainda é o caso de Gado Bravo que desde 1991, antes mesmo de se separar de Aroeiras e vir a se tornar um município em 1997, vem apresentando nas últimas três décadas uma redução no número de moradores existente no lugar. De acordo com os dados do IBGE, em 1991 Gado Bravo possuía 8.735 habitantes. Em 2000, o número baixou para 8.521 e em 2007, para 8.236. No período a queda foi de 5,71%.
O demógrafo Neir Antunes disse que é complicado arriscar uma hipótese para essa perda. Para ele, a saída da população pode ter acontecido devido as condições econômicas do lugar, que pode está forçando a população a migrar para municípios próximos. “Também não acredito que essa redução tenha sido por conta da mortalidade dos seus moradores. A tendência, tanto na Paraíba, como no Brasil, é o envelhecimento da população. A expectativa de vida está aumentando”, afirmou.
Nos dois últimos levantamentos realizados pelo IBGE (2000 e 2007), 56 cidades paraibanas (25%) tiveram um decréscimo na sua população. Delas, sete estão entre os 52 novos municípios. “O número é considerado alto. Não era para haver uma redução na população das cidades. É preciso verificar o que está acontecendo”, comentou o pesquisador.
No entanto, a situação não é a mesma para todos. Está entre os 52 novos municípios aquele que registrou o maior aumento no número de moradores de todo o Estado, entre os anos de 2000 a 2007. É Damião, situado no Curimataú oriental, que antes pertencia ao município de Barra de Santa Rosa. Lá, em 1991 viviam 3.429 moradores. Em 2000, 3.645 e em 2007, 4.807.De 2000 para 2007, houve um acréscimo de 32% na quantidade de habitantes.
Vitrine do Cariri CP.
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