A aliança do PMDB com o PT está sob risco em pelo menos dez Estados, segundo cálculos dos próprios peemedebistas. Para discutir como encaminhar o assunto com o partido de Dilma Roussef, a quem o PMDB prometeu apoio na disputa de outubro, líderes do PMDB estão reunidos na residência oficial do presidente da Câmara, Michel Temer. Temer, como presidente do PMDB, é o interlocutor nas negociações com Dilma Roussef e com o presidente Lula.
Os Estados em que PT e PMDB não se entendem são: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Ceará, Rondônia, Acre, Maranhão e Pará – além de São Paulo e Bahia, onde sequer houve conversas nesse sentido. A gota d’água foi a decisão do PT de Minas de realizar prévias entre Fernando Pimentel e Patrus Ananias para escolher o candidato petista ao governo do Estado – o que significa que o partido não vai apoiar a candidatura de Hélio Costa (PMDB).
– Com o dia 21 de abril se aproximando, acho que estão querendo brincar de Tiradentes com o meu pescoço – disse o senador Hélio Costa, descontente com os caminhos do PT em seu Estados.
As dificuldades variam de Estado para Estado. Em Minas, o PMDB quer apoio a seu candidato ao governo, o senador Hélio Costa. Já no Ceará, a briga é porque o PMDB quer a vaga de senador para Eunício Oliveira, com a retirada da candidatura do petista José Pimentel. No Paraná, o PT não quer indicar Gleisi Hoffmann para a vice na chapa de Osmar Dias (PDT) – o que impede de abrir uma vaga par ao PMDB. No Pará, Jáder Barbalho já não se entende bem com a governadora Ana Júlia Carepa, com quem se aliou na disputa de 2006.
Segundo cálculos de peemdebistas, a aliança PT-PMDB em apoio à candidatura de Dilma Roussef estaria correndo forte risco se os delegados destes dez Estados votarem contra a proposta. O PMDB formalizou “pré-compromisso” com o PT, mas só vai formalizar a aliança em junho, em sua convenção nacional, portanto, depois da montagem dos palanques estaduais.
Isso indica que o PMDB vai aumentar a pressão sobre o presidente Lula com a ameaça de rompimento do pré-acordo. Lula, como se sabe, já disse muitas vezes que a eleição de Dilma Roussef depende de uma ampla aliança partidária, a começar com o apoio do PMDB.G1.
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