A riqueza arquitetônica, o litoral e suas paisagens e o verde preservado fazem de João Pessoa uma cidade apaixonante
Há nas pedras que calçam as vias de João Pessoa um monumento muito maior para celebrar em seu aniversário. Um patrimônio que, ao longo de 425 anos, acompanhou a vida desta cidade de perto. Espectador e alicerce desde os primeiros passos que tiveram início no Porto do Capim no dia 5 de agosto de 1585, quando os portugueses chegaram pelo Rio Sanhauá, até os caminhos que levaram a capital em direção à praia. Contam a história deste povo e levam a caminhos por vezes esquecidos ou ainda desconhecidos, no entanto, de belezas raras e exuberantes.
São ladeiras como a de São Francisco, no Varadouro, que guiam os cristãos até a Catedral de Nossa Senhora das Neves. É o asfalto da Avenida Epitácio Pessoa que dá fôlego ao cotidiano da cidade que não para. E nas calçadas da orla o descanso perfeito.
Sobre cada pedra, a história deixa seu registro. Quem já foi Nossa Senhora das Neves, Filipéia e Frederica desbravou muitos caminhos e, com a sabedoria de terceira capital mais antiga do país, desenvolve-se sem deixar delado as origens. Mal sabia o juiz da Câmara de Olinda, João Tavares, que, segundo narra o pesquisador Arion Farias, ao selar a paz com os índios tabajaras que habitavam a região de encontro entre os rios Sanhauá e Paraíba, dava início a esta povoação que viria a se espraiar até o litoral.
Foram dois tiros de bombarda que marcaram a fundação da cidade e dois meses depois começariam as obras de construção da capela de Nossa Senhora das Neves, transformada ao longo dos anos em Catedral. Diversas construções, com estilos arquitetônicos seguiram-se pela região do porto e Varadouro. E o tempo passou rápido até chegarmos à atual quantidade de edifícios instalados ao longo do litoral da cidade que foi chamada de Nossa Senhora das Neves, Felipéia, Frederickstadt e Parahyba. Muito dessa ocupação guarda resquícios das ocupações de portugueses, espanhóis, franceses e holandeses.
Mas, as maiores edificações da cidade estão no bate-papo à beira-mar; na pechincha na feira de Jaguaribe; no bairro que não dorme, Mangabeira; na tapioca quente e na receptividade aos turistas; em cada cantinho da capital em que o sol não apenas chega primeiro, mas também encanta a todos que passam por aqui.
Não é preciso bolo, guaraná e muito doce para comemorar o aniversário dos 425 anos de João Pessoa. A cidade está de parabéns e os moradores que constroem o cotidiano da cidade, muito mais. É necessário homenagear os que ajudam a contar a história deste pedaço de chão de pouco mais de 210,55 quilômetros quadrados de área. Mas que se transforma em um amor sem medidas para os que habitam e passam por estes caminhos, vielas, ladeiras e logradouros.
João Pessoa: a porta do sol da Paraíba e do Brasil
Nas primeiras horas da manhã o sol já mostra seu brilho e anuncia o dia que começa enquanto parte da cidade ainda dorme, muitos caminham impulsionados por essa energia.
Com o privilégio de ter o título de porta do sol João Pessoa encanta quem chega à Paraíba pela Capital. Além das belezas naturais da cidade, outro convidado enfeita ainda mais o dia de quem mora ou visita João Pessoa. O Sol que chega para embelezar ainda mais as paisagens.
E sua beleza não fica só na chegada. Seja do Farol do Cabo Branco ou na sacada do Hotel Globo, ele é triunfal. E, no final do dia se despede mais glamuroso do que nunca e cheio de mistérios que só ele pode revelar.
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