A Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) celebra a marca das 5 mil moradias entregues em cinco anos de administração e quatro anos de criação da Secretaria de Habitação Social (SEMHAB). A meta foi alcançada com a entrega recente das 250 casas da Comunidade Paulo Afonso, em Jaguaribe. A solenidade de comemoração acontece nesta sexta-feira, (26), às 18h, no Ponto Cem Réis, com a exibição de um documentário e um show musical.
São 2.330 casas entregues pelo Programa de Subsídio à Habitação (PSH); 461 moradias (entre casas e apartamentos) pelo Programa de Arrendamento Residencial (PAR); 96 apartamentos pelo Programa Habitar Brasil; 250 casas pelo Programa de Habitação de Interesse Social; 1.159 casas pela Resolução 460/FGTS/Crédito Solidário; 77 casas pelo Orçamento Geral da União (OGU); 72 apartamentos pela Outorga Onerosa; 31 casas de Contribuição Social e 524 casas pelo OGU mais Habitação de Interesse Social, totalizando assim 5 mil famílias ou aproximadamente 20 mil pessoas beneficiadas com a casa própria.
Além das 5 mil casas entregues pelo Prefeitura de João Pessoa, estão programados por este governo mais cinco mil construções, algumas iniciadas, outras em licitação com previsão de início para este ano. Proporcionalmente ao déficit quantitativo, João Pessoa está entre as primeiras capitais de combate ao déficit habitacional nesses últimos cinco anos. "Se a parceria – governo federal e municipal – continuar no mesmo ritmo, podemos ter planejamento para erradicar o déficit crônico existente", comentou a secretária de Habitação Social de João Pessoa Emília Correia Lima.
Segundo Emilia, as mudanças se pautaram em três eixos/problemas. "Acabamos com os acampamentos em lonas e prédios públicos, construindo o Residencial Gervásio Maia; substituímos casas que estavam caindo e de taipa, por moradias de alvenaria e resolvemos o problema de superlotação envolvendo várias famílias em um único cômodo", explicou.
Outro aspecto considerado por esta administração que também contribuiu para a redução qualitativa do déficit habitacional foi o aglomerado subnormal onde famílias foram relocadas e outras tiveram as casas reconstruídas. "Isso gera mais dignidade porque melhora a saúde, educação e reduz a violência, já que muitos viviam a mercê dos "donos" do lugar. Nos aglomerados só existem uma única via de acesso, impossibilitando a entrada de viaturas, ambulâncias, bombeiros e carros coletores de lixo, observou.
A solenidade de comemoração da entrega das 5 mil casas em João Pessoa será presidida pelo prefeito Ricardo Coutinho e terá a presença de Inês Magalhães, da Secretaria Nacional de Habitação. A partir das 18h será exibido um documentário sobre as moradias entregues, produzido pela TV Cidade João Pessoa. A celebração será encerrada com um show do cantor pernambucano Reginaldo Rossi.
Política habitacional – Quando o Governo Municipal criou a Secretaria de Habitação Social em janeiro de 2006 já tinha em mente como desenvolver a sua política habitacional em todos os bairros de João Pessoa. Pensando assim, buscou parcerias importantes e fundamentais para a implementação de programas habitacionais junto ao Governo Federal, sociedade civil, movimentos sociais e nesses cinco anos de administração vem mudando a realidade habitacional na cidade.
A primeira iniciativa, dentro da política de habitação do município que batizou de "Minha Casa, Nossa Cidade", tratou de erradicar todos os acampamentos erguidos com lonas, papel, barro e papelão. A prefeitura transferiu 959 famílias que sobreviviam nesses aglomerados improvisados e prédios públicos para moradias dignas, construídas dentro do conceito de habitabilidade em um bairro dotado de infraestrutura. Assim surgiu o Residencial Gervásio Maia, que conta com 1.336 casas, creches, escolas, PSF, praça e ginásio coberto, classificado como o maior e mais bem equipado bairro construído na administração do Governo Lula.
Depoimentos - Sandra Maria Nascimento de Lima, ex-moradora do acampamento 19 de Maio, no Alto do Mateus, disse que sair de um lugar onde apenas a lona servia de parede foi o maior sonho e alegria da sua vida. "Minha casa é minha vida. Não vendo de jeito nenhum", revelou. Ela conta que sempre morou no Alto do Mateus e decidiu invadir o terreno porque não podia pagar aluguel. Ficou lá por quase quatro anos até conseguir se cadastrar para uma das casas. Hoje, ocupando uma casa na quadra 46, lote 100, do "Residencial Gervasio Maia", diz que vive em outro mundo. "Pretendo melhorar ainda mais meu imóvel onde tenho um pequeno comércio e vivo com o marido e duas netas", disse.
A dona de casa Valdecir Romão da Silva, 31 anos, viveu quatro anos no acampamento Jorge Luis, no Valentina Figueiredo, local para onde foi com o esposo e mais três filhos. Lá se deparou com outros problemas. "Era bala todos os dias e a gente que tem filho pequeno fica com o coração na mão", disse. Hoje, reconhece que a situação está muito melhor e mesmo desempregada, Derci, como é conhecida, vive cheia de planos. Pretende reformar a casa e ampliar os cômodos. "Apesar de tudo, no "Gervásio" ainda é mais seguro que minha antiga morada", reconhece.
"Eu sou feliz demais com aquela casa". A declaração é do funcionário da Guarda Municipal de João Pessoa, Orlando Bezerra da Silva, 44 anos, residente no Residencial Sergio Queiroz, em Paratibe, zona norte da Capital. O imóvel foi construído pela Caixa Econômica Federal através do Programa de Arrendamento Residencial (PAR). Ele paga a mensalidade de 136 reais e já ampliou toda a casa onde vive com a esposa e dois filhos.
O guarda municipal morou por 17 anos na casa da sogra. Agora dono da sua casa própria vive fazendo planos para melhorar cada vez mais. "Aqui é muito sossegado e fica perto da Praia do Sol, de supermercado, de um CAISE e de uma futura praça". Orlando elogiou a política habitacional do Governo Municipal e disse que nunca viu um prefeito assim. "O que é bom o povo agarra logo. Eu sabia que o programa era bom, mas não sabia que ia um dia tirar uma casa. Foi Deus. Ele é maravilhoso", desabafou.PMJP.Secom/José Marques.
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